Mais de 650 idosos dançam ao som dos Geniais do Forró
Baile junino organizado pela Assistência Social foi realizado no Centro de Eventos
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Mais de 650 pessoas aproveitaram uma tarde de alegria, música junina de qualidade, quadrilha, casamento caipira, comes e bebes típicos e gente animada dançando na pista. Esse foi o “Arraiá da Semas – No mundo das Histórias de Cordel”, promovido pela Prefeitura de Rio Preto, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), no Centro Regional de Eventos.
Os velhinhos se esmeraram nos trajes: mulheres com vestidinhos rurais coloridos e enfeitados com fita e renda, chapéus decorados com flor de todo tipo, sapatos coloridos ou tênis dourados, pulseiras e berloques descombinados (era caipira mesmo!), e maquiagem típica, com as bochechas rosadas e pintadas. Os homens mais comedidos, de camisa xadrez, não perdiam uma dança.
Tinha gente de cadeira de rodas, de bengala ou apoiada no marido. Valia tudo, desde que não tropeçassem ou perdessem o passo.
Ninguém resistia ao comando do ator e arte-educador Murilo Gussi na direção da quadrilha e do casamento caipira. Impagável. A dança foi tão bem conduzida que não ocorreram erros nem tumulto, e olha, que era uma enorme quadrilha com mais de 100 pessoas. Murilo atua no projeto Longevidade Ativa, da Semas, com oficinas de teatro e contação de histórias e ajudou na coordenação da festa junina. “É maravilhoso trabalhar com eles, são muito receptivos, dão lições pra gente. Sinto-me privilegiado em trabalhar com este público,” disse Gussi.
Ordelice da Silva, vestido xadrezinho com debrum de bordado inglês, não largou a bengala nem o braço do marido Benedito e dançou a quadrilha até o fim. E Soledade Lagiani, 69 anos, foi caracterizada de homem, com bigode e barba. “Eu tinha certeza de que ia faltar homem,” afirmou.
Em dado momento, a aposentada Jandira Peixe declamou ao microfone uma bonita poesia, de sua autoria, intitulada Festa Junina, muito aplaudida. Essas interferências são estimuladas pelas assistentes sociais da Semas, porque dão desembaraço à pessoa e colaboram para o aumento da autoestima.
Marina dos Santos, 60 anos, só estava sentada na plateia porque tinha quebrado o pé recentemente e não queria forçar. “Mas é o tipo do programa que eu gosto de participar, a gente vê os amigos, encontra pessoas novas, todo mundo está distribuindo alegria. Gostei de tudo desta festa”, disse.
A assistente social Sonia Miele, coordenadora da Proteção Social Básica, da Semas, entrou no clima e arrumou um par para dançar quadrilha. “São momentos imperdíveis para eles. Trazem alegria, esperança, eles esquecem a depressão. Este evento ficou acima de nossas expectativas,” disse.
Em peso, as assistentes da Semas controlavam o fluxo das barraquinhas de comida e ainda serviam de par para alguém dançar. Nas barraquinhas, os idosos podiam se servir de sanduíche de presunto e queijo, refrigerante, sacolinhas de doces, algodão doce, pipoca.
A secretária Patricia Lisboa compareceu com sua equipe, atenta ao bom andamento da festa tão esperada, tendo também a companhia da secretária de Esportes, Cleia Bernardinelli.
Também atenta a equipe do programa Longevidade Ativa, as psicólogas Paola Canevaroli, Amanda Milfont, Valdir Carlos e outros, que desenvolvem oficinas no Lar de Fátima, com apoio da Prefeitura de Rio Preto.
“Nós convidamos e conseguimos transporte para os nossos idosos do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos dos 13 CRAS, do Centro de Convivência do Idoso e Centro de Convivência da Família. Tem gente da Apae Rural também. Toda trabalheira valeu a pena. Nas semanas anteriores, os idosos fizeram oficina de artesanato caipira para produzir a decoração, ensaiaram a quadrilha e o casamento e hoje estão nesta alegria. Eles nem sabem eleger o que está mais gostoso,” disse Patricia.