O Festival – JBC 2019

O Festival Janeiro Brasileiro da Comédia foi criado em 2003 para comemorar os 30 anos do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto e, em 2019, completa 17 anos de história. O JBC é um projeto composto por mostra de espetáculos nacionais do gênero comédia; atividades formativas; debates, envolvendo artistas participantes e convidados, dentre outras ações.

O processo de avaliação das propostas inscritas foi realizado em três etapas: triagem administrativa com conferência de todos materiais obrigatórios; processo seletivo que vai avaliou o conteúdo das propostas classificadas na primeira etapa e contratação.

A curadoria do JBC é de Jorge Vermelho, assessor da Secretaria de Cultura e a comissão de seleção dos espetáculos foi composta por Bete Dorgan, Hugo Possolo e Tiche Viana, profissionais na área.

 

Compromisso com a Cultura

É com alegria que apresentamos a 17ª Edição do Janeiro Brasileiro da Comédia, mostra de teatro que fomenta a cultura, investiga o gênero cômico e capacita atores e técnicos.

Neste ano o JBC conta com 8 espetáculos, 16 apresentações, 8 workshops, além de cursos, oficinas e debates.

Uma potente programação, que foi desenhada por competentes profissionais, entre mais de cem inscritos de todo o Brasil.

A cidade estará ainda mais alegre entre os dias 23 e 30 de janeiro.

A edição deste ano apresenta uma novidade – a Mostra Descentralizada – que levará espetáculos para diferentes regiões da cidade e seus distritos.

É dessa forma que o Governo Municipal tem trabalhado para fortalecer e ampliar os grandes eventos culturais de São José do Rio Preto, que são reconhecidos nacionalmente pela qualidade e capacidade de propor reflexão.

Sejam bem-vindos ao Janeiro Brasileiro da Comédia, edição 2019.

Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto

 

Acesso à Cultura

A Cultura é toda manifestação de arte e patrimônio cultural do município, entendidos como processos vivos e ativos.

A comédia é um gênero cujo objetivo é entreter ou divertir o público de forma crítica através da abordagem cômica das situações, dos hábitos e de seus participantes ou personagens.

Atualmente, a comédia ocupa espaço e importância na forma de manifestação crítica em diferentes esferas: política, social e econômica. Além disso é popularmente apoiada pelo consumo de massa e  tem significativa apreciação por grande parte do grande público consumidor da indústria do entretenimento.

Outra característica importante da comédia é a forma pessoal da qual ela toca as pessoas. Para rir de um fato faz se necessário reconhecer este fato como parte de um valor humano a tal ponto que ele deixa de ser ameaçador e passa a ser corriqueiro e usual tornando natural que se ria dele.

É com grande alegria que apresentamos a 17a. Edição do Janeiro Brasileiro da Comédia de São José do Rio Preto/SP com uma programação de qualidade distribuídos em 8 dias de apresentações, oficinas e encontros.

Para esta edição, a novidade vem com a Mostra Descentralizada, na qual os espaços de apresentações estarão espalhados por diversos bairros do território municipal levando mais cultura e mais risadas a toda população.

Que a cidade inicie o ano de 2019 com acesso à cultura e que possamos avançar ainda mais.

Pedro Ganga
Secretário Municipal de Cultura

 

Comédia é arte séria

A origem da comédia relaciona-se com as festas dionisíacas, que traziam alternadamente momentos de tristeza e de alegria e que buscavam festejar a fecundação.Inicialmente, a comédia resumia-se em uma procissão na qual o povo participava entoando cantos em homenagem a Dionísio.

Ao longo dos tempos, passaram a incorporar uma vertente satírica e jocosa.

A comédia, em seu período inicial, na Grécia antiga, tinha uma intenção didática: a de influenciar os espectadores, assim como acontecia nas tragédias.

Diferentemente da tragédia, porém, as situações e as pessoas representadas na comédia não eram os fatos e acontecimentos heróicos, mas as situações corriqueiras, comuns, relacionadas à vida de pessoas comuns.

No decorrer de sua história até os dias de hoje, a comédia passou por várias variações, segundo o contexto sociocultural a que se desenvolve, criando subgêneros dentro da mesma modalidade. Temos hoje uma infinidade de vertentes e formas variáveis de se fazer comédia.

Pensando nesta constante evolução, o Janeiro Brasileiro da Comédia é hoje, no Brasil, um dos únicos festivais que tem a função de apresentar e refletir sobre esta diversidade do gênero cômico e apresenta uma programação que contribui para o aprofundamento das questões relacionadas ao humor nas artes cênicas.

Para esta edição convidamos três profissionais de reconhecimento nacional, Bete Dorgan, Hugo Possolo e Tiche Viana, que tiveram a missão de selecionar oito obras que pudessem compor esse caleidoscópio de possibilidades.

Para além das apresentações artísticas, um programa de ações formativas foi pensado para possibilitar o encontro e a troca de experiências, trazendo informação, aprimoramento e reflexão. Nesse programa contemplamos workshops, oficinas, debates e residência artística.

O JBC foi criado em 2003 em comemoração ao aniversário do Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto e tornou-se referência no Brasil, valorizando o gênero da comédia e fortalecendo a potência crítica que o teatro tem na sociedade em busca de justiça social, igualdade, respeito.

O teatro é uma arte libertária e a comédia é instrumento imprescindível para nos mostrar o caminho da liberdade.

Jorge Vermelho
Curador

 

Reafirmando o valor do riso

Historicamente a comédia, e o humor de maneira geral, sofre de preconceitos contraditórios. De um lado, a comédia sempre foi vista como um gênero menor, de fácil execução, que não requer muito esforço para quem a realiza. De outro, é tratada com mero entretenimento, que estaria enganando seus espectadores somente em troca de dinheiro e em busca de sucesso fácil.

É um fato que o público de comédia terá o prazer do riso e sua popularidade poderá garantir sobrevivência de muitos artistas. Mas exatamente por ser popular – e não celebradora da elite e de sua maneira de pensar— e por ser prazerosa, portanto, distante das maneiras sérias que qualquer poderoso gostaria de ser tratado, é que a comédia vive de encarar desafios, disputas de pensamento, para se impor como a expressão contunde que é. Ou seja, os preconceitos são alimentados por quem não gosta do confronto que o riso pode provocar.

Claro que não podemos ficar limitados a generalizações, mas aqui podemos, com humor, fazer a caricatura daquilo que um comediante cansa de ouvir para ter seu trabalho desqualificado.

A realização e permanência do Janeiro Brasileiro da Comédia demonstra um gesto cultural muito relevante, pois enfrenta com uma ação potente todos esses preconceitos. Sobretudo, abre o encontro entre artistas e destes com o público, estimula novos campos para a pesquisa cênica que, mais que limitada a um gênero, é uma forma expressiva que requer constante aprofundamento e que somente resulta de um intenso e dedicado trabalho.

A Comissão de Seleção desta edição do Janeiro Brasileiro da Comédia, desta vez composta somente por artistas, reflete a diversidade e riqueza da produção contemporânea de comédias feitas no Brasil atualmente. Nos deparamos não somente com a busca de excelência artística, mas também com as dificuldades de sobrevivência, as realidades do modo de produção, a busca pela expressão contemporânea, os caminhos do teatro de rua, a ligação com os elementos populares e a interação com outras linguagens, especialmente a circense.

Muitos desses aspectos, tornam esse momento histórico tão perturbado em oportunidade para se fazer um retrato do que se faz de comédia no país para poder pensar novos rumos. Buscamos destacar alguns aspectos importantes como: a visão feminina do humor; a presença da linguagem popular e a construção de narrativas críticas às condições sociais.

Em algum destes aspectos os espetáculos que compõem essa edição se destacaram aos nossos olhos e esperamos que isso faça a diversão do público. Aquela diversão que, como nos diz o bardo Bertold Brecht, não fica na superfície e atinge o espectador profundamente.

Que o riso possa fazer a festa com profundidade!

Bete Dorgan, Hugo Possolo e Tiche Viana
Comissão de Seleção

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