As dificuldades das relações estão no centro dos espetáculos
As relações humanas estão no foco do FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto nesta […]
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O espetáculo infantil “O Homem que Amava Caixas”, da Cia. De Teatro Artesanal (RJ), que será apresentado às 19 horas, no Teatro SESC, trata do delicado relacionamento de um homem introvertido com seu filho. Sem nenhum diálogo, em uma tocante declaração de amor, a peça mostra como, por meio de brincadeiras lúdicas e do silêncio, o pai e o filho conseguem demonstrar o amor que sentem um pelo outro.
No mesmo horário, no Teatro Nelson Castro, em “Tríptico [Richard Maxwell]: O Fim da Realidade”, da Cia. Club Noir (SP), a ação se passa em uma sala de segurança de um grande edifício. Lá, os agentes de segurança, identificados por números, preenchem o silêncio conversando sobre as relações afetivas: família, passado e Deus, qualquer coisa que dê sentido para a identidade. As personagens falam entre si, mas a interação é tão rarefeita que temos a sensação que falam para si mesmas.
O espetáculo “A Dócil”, do Grupo Folias d’Arte (SP), que será apresentado em duas sessões, às 18 horas e 23 horas, na Swift – Espaço 2, discursa sobre sinceridade. A peça trata de relações cordiais como solo propício para o ressentimento e a violência. Em cena, diante a sua mulher morta, que caiu de um prédio segurando uma santa, um agiota procura explicações convenientes para o acontecido.
Já o local “As Sobras de Tudo que Chama Lar”, da Tokaia Cia. Teatral, será apresentado no Teatro Waldemar de Oliveira Verdi (SESI), em duas sessões, às 19 horas e 21 horas. Inspirado em um conto de Caio Fernando Abreu, a dificuldade de expressar os sentimentos e a quase anulação do mesmo será exposta neste espetáculo. Na história, um filho acometido de uma doença sem cura, volta para a casa da mãe, que há muito tempo não vê. A decadência física, psíquica e a fragilidade emocional de ambos expõem um intenso conflito familiar.
Além destes, também serão apresentados os espetáculos de rua “Este Lado para Cima – Isto não é um espetáculo”, da Brava Companhia (SP), às 16 horas, no Centro Esportivo Dominguinhos Zanqueta, na Vila Toninho; e “Helena Pede Perdão e é Esbofeteada”, do Tablado de Arruar (SP), na Praça Dom José Marcondes, no Centro, no mesmo horário.
A programação completa pode ser acessada no site www.festivalriopreto.com.br. A 11ª edição do FIT é apresentada pelo Ministério da Cultura e Petrobras, com apoio do ProAC e SESI, patrocínio da Caixa Econômica Federal e Bebidas Poty e realização do SESC-SP, Prefeitura de São José do Rio Preto e Governo do Estado de São Paulo.
Espetáculos de rua são opções para todos os públicos
A população de bairros afastados e da região poderá conferir a programação deste domingo (10/7) do FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto, que traz quatro espetáculos de rua, apresentados em diferentes localidades: nos bairros Santo Antônio e Jardim Nazareth, no Distrito de Engenheiro Schmitt e na cidade de Potirendaba. Além destes, também serão apresentados quatro nacionais, dois locais e um infantil.
Na ECO – Escola de Competências Deputado Roberto Rollemberg, no bairro Santo Antônio, será apresentado o espetáculo “Este Lado para Cima – Isto não é um espetáculo”, da Brava Companhia (SP), às 16 horas. A peça discursa sobre a exploração do trabalho, a supervalorização do dinheiro, consumismo, opressão e autoritarismo. A história retrata o surgimento de mais uma cidade, calcada em princípios de ordem e progresso. Porém, uma crise se abate sobre essa metrópole e ameaça a ordem estabelecida.
No mesmo horário, no Bosque Municipal, será apresentado “O Grande Circo dos Irmãos Saúde”, do Circo-Teatro Artetude (DF). As travessuras de dois amigos, irmãos e palhaços são realizadas por meio de um jogo em que há oscilações de sentimentos o tempo todo. A brincadeira com a realidade é intensa: os palhaços exploram cenas cotidianas que deixam margem à duvida se realmente foram verdadeiras ou inventadas. O espetáculo tem elementos tradicionais circenses, temperados com manobras acrobáticas e números de malabares do circo moderno.
Já, a cidade de Potirendaba recebe o espetáculo “Automákina – Universo Deslizante”, do Grupo de Teatro de Pernas pro Ar (RS), também às 16 horas. Com um cenário móvel, uma máquina gigante de 6 metros de comprimento por 7 metros de altura, o espetáculo trata de uma questão pertinente: a arte da sobrevivência. Uma linguagem que mescla o simbolismo do teatro de bonecos e seus personagens autômatos com as técnicas circenses e o teatro de rua, a instalação apresenta o mundo de Duque Hosain’g.
Às 20h30, a Praça Santa Apolônia, no Distrito de Engenheiro Schmitt, recebe “Sua Incelenca, Ricardo III”, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (RN). O espetáculo ganha a rua através do universo lúdico do picadeiro do circo, dos palhaços mambembes, das carroças ciganas, criando um diálogo entre o sertão e a Inglaterra Elisabetana. Na trama, Ricardo, Duque de Gloucester, planeja usurpar o trono de seu irmão, Eduardo IV, nem que para isso precise provocar intrigas, matar aliados e faltar com a palavra.
Ainda no domingo (10/7), serão apresentados os espetáculos nacionais “Tríptico [Richard Maxwell]: Casa”, da Cia. Club Noir (SP), às 19 horas, no Teatro Nelson Castro; “Hospital da Gente”, do Grupo Clariô de Teatro (SP), às 19 horas, na Swift – Espaço 3; “Meire Love – Uma Tragédia Lúdica”, do Grupo Bagaceira de Teatro (CE), às 21 horas, na Swift – Espaço 1; e “Navalha na Carne”, da Bateia Cultura (RJ), às 23 horas, na Swift – Espaço 6.
Também, serão apresentados os locais “Dooutrolado”, da Cia. Girasonhos, às 16 horas e 19 horas, no Teatro Waldemar de Oliveira Verdi (SESI); e “Dois Dias Antes do Resto do Mundo”, da Estágio 1 Cia. de Teatro, às 19 horas e 21 horas, no antigo IPA – Instituto Penal Agrícola.
Para fechar a programação, o público pode conferir, em duas sessões, às 16 horas e 19 horas, o espetáculo infantil “O Homem que Amava Caixas”, da Cia. de Teatro Artesanal (RJ), no Teatro SESC.
A programação completa pode ser acessada pelo site www.festivalriopreto.com.br. A 11ª edição do FIT é apresentada pelo Ministério da Cultura e Petrobras, com apoio do ProAC e SESI, patrocínio da Caixa Econômica Federal e Bebidas Poty e realização do SESC-SP, Prefeitura de São José do Rio Preto e Governo do Estado de São Paulo.
Público tem várias opções para conferir produções nacionais no FIT
O FIT – Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto tem várias opções para o público conferir as produções nacionais neste sábado (9/7). Compõem a programação cinco espetáculos nacionais, dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Ceará, além de outros três de rua, um local, um internacional e uma atividade de mediação.
No Teatro SESC, será apresentado “Savana Glacial”, do Grupo Físico de Teatro (RJ), às 19 horas e 21 horas. Vencedor do Prêmio Shell 2010, o espetáculo revela as arestas dos amores partidos, perdidos no tempo e na memória, em uma trama urdida entre realidade e ficção. Em uma espécie de metateatro, a montagem explora o conceito da obra dentro de uma obra.
O Teatro Nelson Castro recebe “Tríptico [Richard Maxwell]: Burger King”, da Cia. Club Noir (SP). O primeiro espetáculo deste processo que compreende outros dois, será apresentado às 19 horas. De maneira tortuosa, é mostrado o cotidiano de uma das milhares e impessoais franquias de rede de hambúrgueres, em que presenciamos a alienadora rotina do local: as personagens são, pouco a pouco, destruídas de sua humanidade, tendo sua subjetividade e criatividade aos padrões de comportamento.
O espetáculo do Nordeste “Meire Love – Uma Tragédia Lúdica”, do Grupo Bagaceira de Teatro (CE), será encenado às 21 horas, na Swift – Espaço 1. A produção traz à tona a temática da exploração infantil e desmascara cenas cotidianas vividas nas principais cidades brasileiras.
Outro representante de São Paulo, “Hospital da Gente”, do Grupo Clariô de Teatro, será apresentado às 19 horas, na Swift – Espaço 3. Baseado nos contos de Marcelino Freire, o espetáculo fala sobre o cotidiano da vida de trabalhadoras do Brasil e discute as questões sociais da comunidade carente. São retratos de mulheres que, em meio de tantas injustiças, tentam entender suas histórias e mazelas.
Da obra de Plínio Marcos, “Navalha na Carne”, da Bateia Cultura (RJ), será encenado às 23 horas, na Swift – Espaço 6. O espetáculo insere o espectador dentro de um mundo marginalizado, possibilitando que o mesmo sinta de perto as emoções turbulentas das personagens. Em cena, a relação entre um cafetão, uma prostituta e um homossexual em um hotel de quinta classe.
Entre os de rua, estão “Este Lado para Cima – Isto não é um espetáculo”, da Brava Companhia (SP), que será apresentado às 16 horas, no Distrito de Talhado; “O Grande Circo dos Irmãos Saúde”, do Circo-Teatro Artetude (DF), às 16 horas, no bairro Eldorado, e “Sua Incelença, Ricardo III”, do Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare (RN), às 19 horas, no Jardim Vetorazzo.
O Teatro Waldemar de Oliveira Verdi (SESI) recebe o espetáculo local “O que Fazer com o que Kafka Fez com a Gente”, da BlackBerries Wilted Company, às 19 horas e 21 horas; e o Teatro Municipal Humberto Sinibaldi Neto, o internacional “Where were you on january 8th?”, do Mehr Theatre Group (Irã), às 19 horas e 22 horas.
Também, será realizada a mesa de debate “Políticas da Forma: Corpos da Exceção”, às 16 horas, na Swift – Espaço 4. Com mediação de Eleonora Fabião, participam da atividade Mahin Sadry, atriz de “Where Were You on January 8th?”; Mário Pazini, diretor de “Hospital da Gente”; e Suzy Elida e Yuri Yamamoto, diretores de “Meire Love – Uma Tragédia Lúdica”.
A programação completa pode ser acessada pelo site www.festivalriopreto.com.br. A 11ª edição do FIT é apresentada pelo Ministério da Cultura e Petrobras, com apoio do ProAC e SESI, patrocínio da Caixa Econômica Federal e Bebidas Poty e realização do SESC-SP, Prefeitura de São José do Rio Preto e Governo do Estado de São Paulo.
Assessoria de Comunicação do FIT
(17) 3202-2319