Cia. O Grito apresenta 4 peças no Festival ‘Em Janeiro Teatro Pra Criança É O Maior Barato’

Nesta sexta-feira (11/01) a companhia teatral O Grito, de São Paulo, participa da décima edição do festival “Em Janeiro Teatro Pra Criança é o Maior Barato” com quatro espetáculos para toda a família que fazem parte de seu repertório artístico. A primeira produção será com o espetáculo “O Caso da Casa”. As sessões serão ás 15h 20h, no Teatro Municipal “Humberto Sinibaldi Neto”.

O público de São José do Rio Preto e região ainda vai conferir no festival os espetáculos “Marujo O Caramujo e a Minhoca Tapioca” (dia 12), “O Armário Mágico” (dia 13) e “1001 Fantasmas” (dia 14). As apresentações também serão no Teatro Municipal “Humberto Sinibaldi Neto”. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro, a partir das 13h.

A Cia. O Grito surgiu no Departamento de Artes Cênicas da ECA-USP (Escola de Artes Dramáticas da Universidade de São Paulo), a partir de um grupo de estudo sobre dramaturgia, encenação e movimentos culturais brasileiros, com experimentações entre cena e texto. Por meio do trabalho do diretor Roberto Morettho, o grupo já realizou diversas parcerias com companhias internacionais. Dentre os dramaturgos parceiros da Cia. O Grito está Hugo Possolo, do grupo Parlapatões, Patifes e Paspalhões.

Texto de Hugo Possolo e Carmo Murano, baseado na fábula “A onça e o bode”, o espetáculo “O Caso da Casa” aborda de forma divertida o convívio entre as diferenças. O espetáculo estreou em janeiro de 2004, no Sesc Ipiranga, em São Paulo, e recebeu uma indicação ao Prêmio Coca-Cola Femsa de direção. Participou da 3ª Mostra SESI de Teatro Infantil e do 2º Festival de Teatro para Crianças de Pernambuco, além de se apresentar em cidades de São Paulo.

“O Caso da Casa” narra o encontro de dois bichos muito diferentes: o bode e a onça. Fugindo da fazenda em que morava, o bode Zé Bó de Oliveira vai para a floresta, onde pretende construir sua própria casa e plantar uma horta para não trabalhar mais para os outros. Lá, ele encontra com Julinha Mendonça, uma onça que vive fugindo dos caçadores e conhece cada canto da floresta. Sem perceber, eles constroem uma casa e passam a viver sob o mesmo teto, o que gera várias confusões que dão o tom cômico da peça.

A tentativa de dividir o espaço causa o conflito entre os dois, que acabam destruindo a casa. Quando vêem tudo em ruínas, percebem que é possível viver juntos, mesmo com tantas diferenças, e resolvem reconstruir o lar. “A peça nos faz pensar na difícil, mas possível tarefa da humanidade nos dias de hoje em estabelecer relações de paz entre as pessoas num mundo marcado por tantos conflitos”, afirma o ator Alessandro Hernandez.

 

Espaço de arte – A programação desta sexta-feira do festival “Em Janeiro Teatro Pra Criança é o Maior Barato” conta ainda com mais dois espetáculos, que serão apresentados no Fábrica de Sonhos – Espaço de Arte.

A companhia Circo Navegador, de São Sebastião, apresenta, às 17h, a peça “Om Co Tô? Quem Co Sô? Prom Co Vô?”. Uma trajetória de sucesso: turnê sul-americana – Argentina e Chile (dezembro de 2009), participação nos principais festivais brasileiros e grande êxito na temporada 2010, na capital paulista. Esta é só uma parte da história do espetáculo que, desde sua criação, em 2007, soma um público superior a 50.000 pessoas e ultrapassa a marca de 200 apresentações para plateias bastante heterogêneas em projetos artístico-culturais que visam à formação de público.

Num encontro inusitado o palhaço Surubim encanta a plateia com sua ingenuidade em situações de tensão, emoção, técnica e muita graça. De maneira bastante irreverente, este personagem provoca o público para uma vivência divertida e “descompromissada”, por meio das rotinas de um show circense, misturando cenas clássicas e criações próprias, equilibrando-se entre o deboche e a elegância. Os recursos utilizados no espetáculo são: o “velho e bom” jogo de Palhaço, aliado a habilidades como Malabarismo, Mágica Cômica e Pirofagia.

Para o público adulto, a opção é a peça “Cheiro de Carne”, da companhia Hecatombe, de São José do Rio Preto. A sessão será à meia-noite, no Fábrica de Sonhos – Espaço de Arte.

A encenação de “Cheiro de Carne” é repleta de referências estéticas que convergem ao estilo neogrotesco. Para explicar um estilo tão plural só mesmo fundindo arte com carne e tecnologia.

Presente no espetáculo, a ação física é um elemento forte para a condução das cenas, propõe caminhos à dramaturgia e se adapta aos espaços sugeridos por ela e pela ambientação, que é feita por projeções que conversam com o contexto. Convergidas estão também luz e projeção que se integram para criar nuances sombrias que evidenciam a expressão de forma poética e imagética.

O tom da interpretação se dá através da percepção de estados físicos adquiridos a partir de nosso treinamento em busca da qualidade de movimentos. Todo amparado sob a ótica crítica de que somos apenas um pedaço de carne, aborda temas que são um prato cheio pro sensacionalismo e usa isso como forma de refletir nosso papel dentro de uma sociedade cada dia mais mutável em seus valores.

Com “Cheiro de Carne”, o diretor Homero Ferreira aposta neste processo de criação coletiva numa experiência visual e sensorial com cheiro de carne de verdade e momentos de realidade absurda, grotesca, risível.

O festival “Em Janeiro Teatro Pra Criança é o Maior Barato” tem apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Proac ICMS), e da Prefeitura de São José do Rio Preto.