Em um ano, Bem-estar Animal consolida políticas públicas

Castrações, adoções e atendimento a denúncias de maus-tratos. A partir desses três pilares, a Secretaria do Bem-estar Animal de Rio Preto completa um ano nesta quinta-feira, 31. Criada com a finalidade de formular, articular, coordenar e monitorar as políticas públicas de proteção animal, promovendo ações voltadas à saúde, proteção, defesa e bem-estar dos animais, a pasta consolida-se a partir dos números de serviços nesses doze meses.

Neste período, mais de 8.680 animais, entre cães e gatos, foram castrados, tanto no atendimento diário quanto nos mutirões. A equipe da secretaria realizou 1.758 atendimentos de denúncias de maus-tratos, com acolhimento dos animais, quando necessário. Dos pets sob tutela do Município, 236 encontraram um novo lar nos últimos doze meses, com destaque para as campanhas de adoção feitas quinzenalmente desde janeiro deste ano. Para estimular a adoção, foi criado um catálogo virtual com os pets aptos a ganharem um lar cheio de amor (https://www.riopreto.sp.gov.br/adocao/).

“Foi um grande desafio colocar a secretaria para funcionar, mas estamos trabalhando com metas e os resultados são surpreendentes. Aumentamos muito todos os serviços. As denúncias, por exemplo, estamos averiguando praticamente em tempo real, não há mais espera. O balanço desse primeiro ano é superpositivo. Às vezes, porém, não é como a população quer, pois dependemos de recursos e de equipe.”, afirma a secretária do Bem-estar Animal de Rio Preto, Cláudia De Giuli.

Conquistas

A consolidação das políticas públicas voltadas à causa animal em Rio Preto é citada por De Giuli como a grande conquista a partir da criação da pasta. “Estamos falando de políticas de Estado, que foram implementadas e não têm volta. Em relação aos mutirões de castração, por exemplo, a cada dia que passa, a demanda aumenta, pois a população está mais consciente. O mesmo acontece com as denúncias de maus-tratos”, diz a titular da pasta.

Desafios

Se por um lado a alta na procura comprova a eficácia dos serviços prestados, por outro traz o desafio de manter o atendimento com qualidade. “Principalmente por causa da questão orçamentária, pois o custo para manutenção dos serviços é alto. Cuidar e tratar de um animal é caro. Mantê-lo também. Casos de atropelamento, por exemplo, demandam várias cirurgias ortopédicas, o que deixa o tratamento tão custoso quanto o de um ser humano. Nas campanhas de adoção, entregamos os pets vacinados, castrados, vermifugados e microchipados, para um maior controle.”

Projetos

Há três grandes projetos em andamento atualmente na Secretaria do Bem-estar Animal: a construção de um canil junto ao Centro de Detenção Provisória (CDP), a sede própria da pasta e a implementação da Clínica Pet – em parceria com o governo do Estado –, além da parceria com centros universitários e universidades para difusão do conhecimento em escolas e instituições. O canil está em fase de licitação, assim como a edificação do prédio próprio.

“Todos sabem que sou contra canil, mas esse será especial, pois será destinado aos animais aptos para adoção. Já a sede própria vai auxiliar na prestação dos serviços e a Clínica Pet pretende expandir e aprimorar nossos atendimentos. Estamos falando de muito serviço. É um serviço por vezes doloroso, pois a gente chora quanto não consegue atender, quando não consegue resgatar porque não tem vaga. A gente sofre, os veterinários sofrem, a equipe sofre, porque amamos o que fazemos”, concluir De Giuli.

Números da Secretaria do Bem-estar Animal*

• 8.680 animais castrados
• 1.758 atendimentos de denúncias de maus-tratos
• 236 pets adotados

*Período: ago.22 a ago.23

Texto: Bianca Zaniratto/Secretaria de Comunicação
Fotos: Arthur Rodrigues Silva/Sec. Bem-estar Animal e Tábata Gazabin