Planejamento e técnica garantem qualidade da Alimentação Escolar

Dez e meia da manhã de uma quarta-feira na Escola Municipal Profª. Elizabete Caballero, na Vila Ercília, e o cheirinho de comida boa dá água na boca. No cardápio do almoço, arroz, feijão, salada de alface e carne em cubos com mandioquinha.

Antes, no café da manhã, leite com achocolatado e pãozinho com goiabada para os maiores – do maternal e do jardim – e mamadeira de leite para os pequenos do berçário. Entre uma refeição e outra, fruta amassada ou picada para manter as 130 crianças muito bem alimentadas.

Um ciclo semelhante se repete nos lanches da tarde e no jantar, assim como nas outras 132 unidades escolares administradas pela Prefeitura de Rio Preto, onde mais de 40 mil alunos se alimentam todos os dias do ano letivo.

A merendeira Rosemary Perpétua Alves, experiente no preparo de refeições escolares, garante que tudo é feito com muito afeto: “Tem os detalhes das quantidades, dos cardápios e do tempero, mas, em geral, é com o amor que cozinho para minha família”, conta.

O carinho é aliado à técnica, pois todas as 421 merendeiras que trabalham na rede foram capacitadas a executarem suas funções dentro de um padrão de qualidade, aplicado do recebimento e armazenamento dos gêneros alimentícios à execução dos cardápios.

“Desde a transição da administração da Alimentação Escolar, que passou da Secretaria de Educação para a de Agricultura e Abastecimento, no início deste ano, estamos trabalhando com cardápios mensais, a fim de fazer ajustes eventuais”, explica a nutricionista Lucimeire Zaniboni, responsável pela Divisão de Gestão da Merenda Escolar. Em geral, o cardápio é trimestral, e “independentemente do período, são planejados e organizados conforme clima e sazonalidade (verão e inverno), considerando a disponibilidade dos alimentos, a faixa etária dos alunos e a cultura de aceitação dos alimentos”, continua.

Legumes, verduras, frutas, carnes e laticínios são os mesmos, mas a oferta e o preparo respeitam a idade e o desenvolvimento de cada criança. “Os legumes dos bebês são bem amassados, nunca batidos, e na alimentação deles não vai alho. É uma papinha bem natural”, conta a merendeira Altéia de Oliveira da Silva, responsável pelo berçário.

Aos matricular os pequenos na escola, pais e responsáveis respondem a questionário sobre necessidade de alimentação especial para a criança. Essa demanda é encaminhada à Divisão de Gestão da Merenda Escolar para análise de adequações nutricionais conforme a peculiaridade apresentada.

Sobre adaptações, Lucimeire lembra episódio recente de substituição do feijão carioquinha por outras leguminosas, como ervilha, lentilha e grão de bico. “Na ocasião, a adaptação foi necessária devido a problemas com o fornecedor, mas é importante que as variedades de formas e sabores, em alimentos de valor nutricional equivalente, sejam oferecidas para a criança ampliar seu paladar”, explica. O estoque de feijão está completamente regularizado.

Tudo o que é preparado e consumido nas escolas é fresco. Hortifrútis e leite são entregues às segundas, quartas e sextas-feiras; carnes, semanalmente; pães, na véspera do consumo; apenas os não perecíveis são distribuídos mensalmente em quantidade suficiente para 20 dias úteis.

“Mantemos contato permanente com as diretoras das creches e escolas, que nos informam sobre necessidade de adaptações relacionadas a sobrar ou faltar determinados alimentos. A quantidade de gêneros distribuída é baseada no total de alunos, que pode variar em época de queda de temperatura ou surto de virose, por exemplo”, comenta Lucimeire.

Já para o mês de junho, o cardápio inclui novidades em ingredientes e preparos, com a inclusão de manteiga e requeijão para acompanhar o pão e escondidinho de mandioca e feijão especial ideal para o paladar e a nutrição das crianças.

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