Seminário de Boas Práticas na Educação destaca importância da formação

Educadora Giulianny Russo diz que a alfabetização é um grande desafio e a solução é a formação contínua do professor

24 de outubro de 2023
Palestra da educadora Giulianny Russo, especialista em alfabetização

Dando continuidade ao trabalho de formação realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SME), foi realizado nesta terça-feira, 24, no teatro Paulo Moura, o 3° Seminário de Boas Práticas do Ensino Fundamental, que contou com o comparecimento de 1.200 pessoas.

No segundo dia foi a vez do Ensino Fundamental, que trabalha com alunos do 1º ao 9º ano. Professores e gestores das unidades foram convidados, bem como os representantes das OSCs (Organizações da Sociedade Civil).

A mediadora foi a educadora Giulianny Russo, assessora dos anos iniciais da SME e que também presta assessoria para os municípios de São Paulo e São José dos Campos. Especialista em alfabetização, Russo é pedagoga pela USP e fonoaudióloga pela PUC-SP.

“Eu vim participar do 3º Seminário de Boas Práticas do Ensino Fundamental. A gente entende que as pessoas, as crianças aprendem por meio da sua ação reflexiva, é refletindo que elas aprendem, conhecem e desvendam um determinado objeto de conhecimento e o objeto de conhecimento do professor é a sua prática, então nada melhor do que um seminário que possibilite os professores olharem para aquilo que eles desenvolvem diariamente nas suas salas de aula”, diz Giulianny Russo.

Para a educadora, a alfabetização segue sendo um grande desafio há muitos anos e a solução passa necessariamente pela formação do professor que tem papel central nessa história.

“Eu acredito que seja um problema multifatorial, tem muitas questões envolvidas, o principal deles relacionado às políticas públicas de formação do professor. A formação do professor não é episódica, eu faço a formação e acabou. A formação, pela natureza do nosso ofício, é permanente, contínua”, explica ela.

Giulianny diz que os professores precisam ao longo da sua carreira de oportunidades recorrentes de estudo, para reflexões, porque a partir dessas oportunidades eles vão se aproximando de maneiras sucessivas, de maneiras diferentes, desse objeto de conhecimento que é a sua prática.

“A cada encontro, a cada nova oportunidade de estudo, com seus pares, com professores, com formadores, porque a política pública de formação é permanente, não pode ser eventual, não pode ser três encontros no ano e achar que a gente vai formar alfabetizadores; precisa de uma prática mais enfática”, explica.

Ela afirma que o seminário de boas práticas é muito interessante para a rede porque ele pressupõe esse compartilhamento de práticas e é uma oportunidade para o professor que abre a sua sala de aula refletir sobre o seu objeto de trabalho, a sua didática.

“Tanto professor que compartilha a sua prática, que generosamente abre a sua sala para compartilhar, um processo de ressignificação e de aprendizagem, quanto os colegas que têm a oportunidade de escutar e refletir a partir do que foi apresentado e também aprender e repensar as suas práticas em sala de aula”, explicou Giulianny Russo, assessora dos anos iniciais da Secretaria Municipal de Educação (SME).

Texto e fotos: Cristiano Furquim / Secretaria de Educação